Facebook apaga as páginas do grupo muçulmano Hezbollah
por Jarbas Aragão
O próprio Hassan Nasrallah possui um perfil no Facebook, que é visto como uma estratégia do Hezbollah para aumentar sua popularidade entre os jovens.
“Ele é nosso único líder e estamos orgulhosos em ser seus amigos no Facebook” diz Hala Madi, xiita que vive em Beirute, um dos possíveis esconderijos de Nasrallah. É fácil encontrar lan houses no mundo árabe com pessoas visitando o perfil dele no Facebook, uns por curiosidade, outros para deixar comentários.
Avi Dichter, ministro interno da segurança de Israel e a Força de Defesa Judia na Internet diz que o estado judeu pediu a remoção da página de Nasrallah da rede social.
Esta semana, o Facebook apagou as páginas pertencentes ao Hezbollah e de sua rede de televisão, a Al-Manar. A decisão oficialmente partiu da própria rede social, devido à sua política contra o incitamento ao terror e propagação do ódio. A rede Al-Manar, recentemente, tentou sem sucesso abrir uma nova página no Facebook, sem mencionar diretamente o nome da estação. Curiosamente, o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg tem origem judaica, tendo feito o bar mitzvah, quando completou 13 anos, embora já tenha declarado ser ateu.
No mês passado o Google e a Apple removeram um aplicativo de transmissão de vídeos do Hezbollah e da Al-Manar. No entanto, o Twitter se recusou a responder aos apelos de grupos de defesa para bloquear o Hezbollah, segundo noticiou o Jewish Daily Forward.
Steven Stalinsky, Diretor-Executivo The Middle East Media Research Institute descreve a presença do Hezbollah na web como “popular e sofisticada”. Ele descreve seus sites como “porta de entrada para suas páginas em plataformas de mídia social dos Estados Unidos – o que lhe permite espalhar a sua Jihad [guerra santa] Online”.
Apesar das opiniões divergentes, o jornal The Sidney Morning Herald informa que o Hezbollah protestou, pois afirma pregar a liberdade de expressão, dizendo que as pessoas são “livres para expressar o que quiserem. Se querem expressar seu amor por Sayyed Nasrallah o partido não os proibirá”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário